domingo, 28 de junho de 2009

Vaga-lumes no jardim.

Domingo, sozinho em Porto Alegre, acordar tarde, uma tarde fria com sol e vento... Isso me remete aos anos da minha infância, nas tardes frias e ensolaradas do inverno santo-cristense.

O quintal de casa era grande, todo gramado. Pés de limão, de laranja, de manga, de mamão... O que mais me lembro era um salgueiro-chorão que meu avô tinha plantado quando meus pais se mudaram praquela casa. Passava tardes brincando num espaço de areia junto ao pé-de-chorão, numa espécie de mundo paralelo só nosso. Aquela era a minha árvore, minha amiga de infância. Enquanto eu brincava de balanço, pendurado nos galho, a noite ia chegando, na maioria das vezes trazendo com ela os vaga-lumes, fadinhas brilhantes que sinto falta hoje - no verão, as cigarras também eram freqüentes. 

Não vejo mais minhas fadinhas brilhantes soltas e felizes como via antigamente. Nem mesmo as tardes frias são iguais. Nesse fuzuê, as coisas mudam rápido demais. Alguns fatos nos remetem a outros, já passados, que trazem boas lembranças. Mas são só lembranças vagas, lembranças de sentimentos que nos marcaram fundo e nos moldaram. Dizem que na velhice retornamos à infância, porém mais maduros pra compreender tudo. Será mesmo? Boas lembranças trazem junto a dor da perda. Nos aliamos a outras pessoas que sintam o mesmo que a gente e a dor acaba indo embora, ficando só a boa lembrança. A parte ruim é que esses aliados - os amigos 'do peito' - são poucos. Raras são as vezes que passam de três pessoas - no meu caso são duas, meus dois melhores amigos que sou incapaz de esquecer

São nesses amigos que temos que nos ligar para sermos felizes. São a eles que devemos ser gratos, a eles que devemos nos dedicar. São a eles, principalmente, que devemos agradecer a todo instante por existirem. Termino aqui com meu agradecimento e minha declaração de amor a vocês dois, meus amigos.


P.S.: Tendo em vista que vocês sabem que são vocês, não vou colocar nomes.

sábado, 27 de junho de 2009

Nessa quinta-feira última, dia 25.06.2009, aconteceu a formatura da primeira turma do curso de -aí é que eu me intrigo- Formação de Músicos e Produtores de Rock da Unisinos, no Porão do Beco, conhecida casa de shows de Porto Alegre.

Depois de dois anos e meio de aulas - desde Teoria e Percepção Musical a Legislação e Planos de Negócios - os formandos apresentam uma espécie de Trabalho de Conclusão de Curso a uma platéia composta de colegas, professores e amigos - e alguns curiosos, claro.

Conforme relatos de pessoas que foram, a única fumaça que poluia o ar era a que saía das máquinas de gelo seco, e o álcool, tão presente nos antigos festivais de rock, foi subsituído por refrigerantes e similares. 

Percebo claramente nesses momentos que a ideologia dos movimentos não é mais a mesma. Nem mesmo o rock resistiu. O tão famoso trio - Sexo, drogas e Rock'n'Roll - já não influencia legiões de pessoas como há poucas décadas. O rock é apenas um exemplo disso. Outros movimentos estão cada vez mais degradados por uma mentalidade que veio surgindo no vim da década de 80 - início da década de 90.

É... Realmente o mundo muda. Ideologias vêm e morrem. Movimentos inteiros morrem junto com elas. - - O que, por outro lado, não é de todo ruim, tendo em mente alguns movimentos atuais... - -